Hoje comprei um microfone SHURE vintage com o fundo no mesmo azul escuro do casaco Swarovski / smoking que o Dino Alves fez para o 'Tony Silva'. É para estrear no sábado 15 de Outubro no Tivoli. Um ONE (HER)MAN SHOW especial, com o quarteto do Pedro Duarte, e o (gentilíssimo) apoio EDP. Vai ser um acontecimento muito valente. Assim que os bilhetes estiverem à venda, aviso.
Belo arranque para a silly season: sábado 2 de Julho ONE (HER)MAN SHOW na Feira do Artesanato do Estoril, e domingo dia 3, jogo de esgrima surrealista com o querido Nuno Markl no São Jorge !
A vida tem-me pregado algumas partidas menos agradáveis, mas na memória só me ficam os bons momentos. Como aquela quarta feira ensolarada (26 Abril de 2000) em Los Angeles, onde o destino numa penada me fez conhecer três dos meus ícones. O Billy Wilder na Rodeo Drive de manhã (então com 94 anos - muita dificuldade na locomoção mas lucidez total e alemão perfeito), a Holly Hunter ao jantar (no Nobu Matsuhisa - "o Piano" é um dos meus filmes de culto) e o imenso Larry King, que fazia tempo para entrevistar a Linda Tripp no âmbito do escândalo "Clinton / Lewinsky". Esbanjou mais de uma hora de conversa comigo no bar do Beverly Wilshire. Informado, gentil, e feliz da vida com o seu recente casamento com a lindíssima Shawn (que - ironia do destino - se tentou suicidar há meses), de quem já tinha um filho (Chance), e de quem estava à espera de uma menina (Cannon, que viria a nascer um mês depois). No dia seguinte fui ver o Luis Miguel ao Anaheim Pond, e antes do regresso ainda tive o privilégio de almoçar com a Drew Barrymore no Ivy (obcecada pela sua estreia como produtora no filme "Never Been Kissed"). E agora vou respirar fundo se me permitem, que não tarda nada volto a transformar-me em abóbora.
A Hermès foi muito gentil, em usar um "H" como símbolo. Dá imensa coerência ao meu guarda roupa. Já o amarelo dos taxis, é em homenagem à cor da minha raiva contida, quando estou mais de seis meses sem ir a NYC. Mas... alguém tem de trabalhar neste País ! :-)
Já terei feito mais de 30 passagens de ano. Já me tocaram festas de todos os géneros: secantes, insuportáveis, curiosas, agradáveis, forçadas... A de ontem no MIT Penha Guimarães foi das mais conseguidas. Público do melhor, excelentes som e luz, menu irrepreensível, e muita diversão. Assim até dá gosto ser "artista de variedades" ! :-)
A velocidade a que os interesses do grande público se pulverizam entre as tvs, o cabo, e a net é exponencial. Curiosamente, e a contra-ciclo, valorizam-se cada vez mais os espectáculos ao vivo - tal e qual como nos países (ditos) civilizados. A edição 2011 do festival SOLRIR em Portimão não foi excepção. Cresce de ano para ano. A minha noite foi deliciosamente inesquecível.
No outro dia alguém me perguntava, pela figura pública que mais me tinha impressionado. Não precisei muito para chegar a um nome: Sting. Pelo bom gosto (as casas da Toscana, de Wiltshire e de Malibu são tratados de conforto), pela obra e gosto musicais (ambos tocamos viola baixo - salvas as devidas distâncias, claro - e veneramos James Taylor) , pela serenidade (companheiro da Trudy Tyler há 28 anos / casado há 18), pela inesgotável simpatia (falo por experiência própria).
Ora aqui está a mais bem dispostas das anti-vedetas que conheci - o Lionel Ritchie. E ainda por cima com boa memória. Há meses, numa tarde de sol em Paris, na esplanada interior do Plaza Athenée, fui cumprimentá-lo. Depois de alguns segundos de hesitação, rasgou um sorriso e exclamou "you're that crazy son of a bitch from Portugal"... Ainda estive para lhe responder "yeah... and you're Nicole's father..." mas reatraí-me. Tive medo que a piada caísse mal ! :-)
Porventura, dos momentos mais mágicos da minha vida: um jantar no Nobu Matsuhisa de Los Angeles, ao lado da fantástica Holly Hunter, sexta-feira 28 de Abril de 2000.