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O humorista está livre para qualquer canal que lhe faça uma proposta e vai concentrar-se nos seus espectáculos ao vivo. Diz que sai da estação de Nuno Santos sem ressentimentos e que pode voltar à antena de Carnaxide sempre que se justique.
Ao fim de nove anos, Herman José deixa a SIC. Desde ontem o humorista ficou livre para propostas de trabalho em qualquer canal, até mesmo o de Nuno Santos. "Tomei, sem dramatismos, a decisão de voltar ao mercado", começou por dizer Herman ao DN, acrescentando que está numa fase em que dá prioridade aos seus espectáculos ao vivo.
"Eu já não tinha contrato de exclusividade com a SIC, mas agora estou de volta ao mercado e aberto a todas as propostas, sendo que, neste momento, estou empenhado nos meus espectáculos. Curiosamente, em época de dificuldades, este mercado parece ser o único que não está em crise. Essa lógica tem vindo a acentuar-se e culminará com uma grande tournée a partir de Setembro com o espectáculo O Homem dos Sete Instrumentos", disse o 'verdadeiro artista', como também é conhecido.
E como ficam as relações com Nuno Santos? "É importante frisar que não ficou qualquer ressentimento entre mim e a SIC, e que voltarei a colaborar com a estação sempre que se justifique", sublinhou ainda Herman José. E se, por exemplo, a TVI o convidar para ter um programa? "Aceito. Seja na TVI ou na RTP. Como disse, estou livre. Estou no mercado e atento a qualquer proposta de qualquer canal. Além disso, tendo espectáculos faz todo o sentido que vá a programas de vários canais promover o meu trabalho".
Mas Herman José não pretende ficar agarrado a nenhuma estação televisiva: "Não serei, para já, exclusivo de qualquer canal, e estarei livremente no mercado, abraçando todos os projectos que me pareçam interessantes".
Herman José foi dando sinais de que algo poderia estar a mudar no seu relacionamento com a SIC. Nunca escondeu a sua tristeza pela forma abrupta como Roda da Sorte terminou em Dezembro, tendo chegado a dizer, mais recentemente, que as audiências de Nós Por Cá (programa que substituiu Roda da Sorte) já estão abaixo das conseguidas pelo seu concurso. Contudo, a relação entre o humorista e o director de programas da SIC, Nuno Santos, sempre foi cordial e, aparentemente, bem mais fluída do que a mantida com Francisco Penim, anterior responsável pela programação do canal de Carnaxide.
A partir de hoje, Herman José pode ter um programa em qualquer um dos canais generalistas. Qual deles vai dar o primeiro passo? Algum já o deu?
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Regresso. Aquele que ficou conhecido como 'o verdadeiro artista' deverá, segundo o próprio, voltar à antena da SIC já em Março. Entretanto, descarta um regresso à RTP porque considera que só deverá voltar quando sentir apoio da direcção da estação pública e para fazer um grande 'talk show' num teatro
Herman José reúne-se hoje com Nuno Santos para decidir que programa vai ter na SIC
"Qualquer coisa que eu faça é humor", disse Herman José ao DN, quando questionado sobre que tipo de programa poderá fazer "a partir de Março", mês em que deverá voltar à antena da SIC. Para já, ainda nada está decidido, mas o humorista vai reunir-se hoje com Nuno Santos, director de programas do canal de Carnaxide, para "conversar sobre o assunto".
Fora dos seus projectos está um regresso à RTP, uma hipótese que é, várias vezes, veiculada por vários órgãos de comunicação social. "Só posso voltar à RTP quando a história de 1982/83 se repetir. Nessa altura, José Niza passou para director do canal, e como era um grande fã meu e do Mário Viegas impôs que eu e o Mário tivéssemos um programa." Mas José Fragoso, director de programas da estação pública, não é fã seu? "Não. Sinto que ele não é um grande fã meu. Pelo menos, pelos sinais que tem dado, é apenas um fã mediano." Por outro lado, para Herman José, "um regresso à RTP só faria sentido para fazer um grande talk show num teatro, como foi feito em Herman 98". De qualquer forma, para já, o humorista está a fazer espectáculos e a pensar num novo programa na SIC.
Poderá ser um concurso, um talk show ou um programa de humor? "Pode ser qualquer coisa. Comigo qualquer formato é um programa de humor. Veja-se o que foi a Roda da Sorte, que eu adorei fazer. Era um concurso, mas também era humor. Eu adoro apresentar concursos e acho que isso se via pela felicidade que eu transparecia ao apresentar a Roda da Sorte", disse Herman José. Mas esse concurso era um pouco de tudo: concurso, humor, culinária, discos pedidos... Certo? "É isso mesmo! Comigo é sempre um pouco assim. No Herman SIC isso também se passava (risos)", concordou ainda o humorista. "Mas nada está definido para o futuro próximo. Só amanhã [hoje] vou falar com o Nuno Santos. Mas o Nuno é um pouco como a minha mãe... Por ele, eu trabalhava de manhã à noite (risos)", disse o humorista com a sua habitual boa disposição.
Entretanto, Herman José tem feito vários espectáculos, sobretudo para empresas. "Tenho feito vá- rios. E isso dá-me um enorme prazer. Adoro o contacto directo com o público. Tenho feito espectáculos mais carotes e outros que nem tanto. Este domingo vou fazer um em Ílhavo, que vai ser uma homenagem a Carlos Paião", revelou o humorista e apresentador, conhecido também como "o verdadeiro artista".
E a rádio? "Deixei de colaborar com a Antena 1, em Dezembro", disse. E porquê? "Bom, espero que tenha sido por questões financeiras e não por outra coisa qualquer", respondeu o humorista. O Tal Canal era um programa de crónicas na Antena 1, da RDP, que Herman José começou a fazer em Abril último. Aliás, a rádio foi um meio que Herman José sempre privilegiou, até porque sempre serviu de laboratório para experiências e onde nasceram programas e rubricas como Boião de Cultura, Herman Zap e Herman Enciclopédia e muitos dos seus "bonecos".
Resta agora esperar para saber que tipo de programa tem Nuno Santos para Herman José, provavelmente, em Março.
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Na noite em que Herman José e Ana Bola voltaram a encontrar-se, depois de um desentendimento passageiro, o momento foi de festa e de música com objectivos solidários. Deu-se ainda a reunião de Joaquim Monchique e Maria Rueff ao apresentador e à actriz, numa emissão de Verão do programa Herman José juntou amigos e colegas de trabalho numa emissão especial de Chamar a Música. Entre gaffes, muitas gargalhadas e vozes mais afinadas que outras, a intenção foi a melhor, com o prémio final a reverter a favor da Associação Sol, associação de apoio às crianças infectadas pelo vírus da sida e seus familiares.
Ana Bola, Maria Rueff, Joaquim Monchique, Nuno Markl, Maria João Abreu e Joaquim Bastinhas foram os concorrentes da edição especial do programa de Verão de Herman José. " Temos tido uma boa média de concorrentes, sempre com gente muito divertida e esta vez não foi diferente apesar de a intimidade com os participantes o ser", realçou Herman. O sucesso de Chamar a Música levou mesmo a que as 12 edições planeadas fossem aumentadas para 18.
O humorista e apresentador considera que "o sucesso nunca se consegue definir, é feito de pequenos nadas". "Neste caso, desde o primeiro programa que sentimos que as coisas funcionavam, que este não é apenas mais um produto." Nesta emissão especial, o bom humor predominou, com Clemente a dar o mote com a cantiga Vais Partir, enquanto os famosos concorrentes subiam ao palco. Maria João Abreu foi deixada para o fim, merecendo um beijo nos lábios de Herman José, enquanto brincava "Vamos casar" e lançava um rasgado elogio: "És das mais inteligentes e estimulantes actrizes cómicas que conheço." Actualmente na novela Feitiço de Amor, a actriz começará uma peça no Teatro Nacional no final deste mês.
Parodiando entre êxitos nacionais como Biquini Pequenino às Bolinhas Amarelas ou entre clássicos como Let´s Twist Again, a noite foi marcada pela boa disposição e cumplicidade entre concorrentes e apresentador.
Para o futuro, muito se tem falado sobre o novo programa de Herman José na estação de Carnaxide, mas nem o apresentador nem o director de Programas do canal, Nuno Santos, quiseram levantar ponta de véu sobre a questão. No entanto, Nuno Santos reafirma a sua confiança no apresentador. "A determinado momento, as pessoas olhavam para o Herman com desconfiança. Obviamente que em 30 anos de televisão ninguém faz só coisas extraordinárias. Mas, quando eu disse que, com o Herman, o céu é o limite, pensámos nele não só no formato talk show, mas também como apresentador." Por seu turno, Herman José salienta que o novo projecto é a sua "principal preocupação", mas quer manter o sigilo, justificando que "o caminho hoje em dia é mais difícil. Tudo tem de ser mais trabalhado e rico. O público português está mimado de mais para se deixar agarrar por algo que não seja bom".
No final, a noite acabou como começou, ao som de Clemente, em animação, com todos no palco, ao som de Colmeia do Amor
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'Chamar a Música', que hoje se estreia na SIC, marca o regresso daquele que o director da estação considera "o grande artista português dos últimos 50 anos".
Ansioso, Herman José confessou ao DN sentir-se cada vez mais próximo de personagens a que deu vida a partir do princípio dos anos 80.
Disse recentemente que sente falta de se sentir útil. Refere-se também ao período em que o Hora H ia para o ar a horas tardias?
O facto de ter estado num horário escondido, durante a feitura do Hora H, teve uma componente um pouco cruel, mas acabou por ter um efeito curioso: criou no grande público uma certa saudade, que imagino irá potenciar o meu regresso no formato concurso.
Como lidou com este período recente, em que esteve afastado da televisão? Já disse que foi importante para si. Porquê?
A componente mais surpreendente foram os espectáculos ao vivo. Recuperei o gosto de andar na estrada, e orgulho-me de ter passado a ter uma taxa de agrado de 100%.
Vai regressar ao horário nobre, aos domingos. Apesar dos muitos anos de experiência, continua a sentir-se nervoso?
Só os inconscientes é que não se sentem nervosos. Pessoalmente, esqueço-me de que tenho 33 anos de carreira, e sinto que estou a começar do princípio todos os dias. Há dias em que gostaria de me sentir mais blasé, mais importante, mais cheio de mim... Mas não consigo. Parto para os projectos com a humildade de um principiante.
Tem referido constantemente o desejo de conseguir um bom valor nas audiências. Sente-se pressionado nesse sentido?
Tenho a ideia, talvez errada, de que nunca se preocupou tanto com isso como agora... A passagem do tempo trouxe-me alguma maturidade, e a necessidade de não me sentir um mau negócio. O jogo das audiências é cruel, mas é por essas regras que se rege. Tenho saudades dos tempos em que era só preciso fazer bem. Ser popular ou abrangente era facultativo. Penso muitas vezes se um Tal Canal ou um Humor de Perdição não estariam, hoje em dia, votados a um horário tardio, por falta de capacidade de mobilização...
Relativamente ao Chamar a Música, de que está à espera?
Trata-se de uma refeição light, mas preparada com ingredientes de primeira qualidade. Uma espécie de cheeseburger, feito com bife do lombo e [queijo] Emmental do melhor.
Já gravou duas emissões. Depois da primeira, afirmou sentir que ainda estava muito preocupado com as regras. Como se sentiu na segunda?
Na segunda gravação senti-me mais solto, mas preciso de ver o programa no ar e auscultar a sua reacção para me sentir a 100%...
Pensa na concorrência?
A concorrência está servida nesse horário [prime-time] pelo "rolo compressor" das novelas, de uma jactância tal que nem os Globos [de Ouro] as derrubaram. Vamos dar o peito às balas, cheios de atrevimento e convicção. É muito importante combater a monocultura da TVI, e despertar os espectadores para o facto de que há mais no mundo para além dos romances de cordel.
O que sente quando alguém como Nuno Santos [director de Programas da SIC] diz que o Herman é o grande artista português dos últimos 50 anos?
O Nuno [Santos] é um amigo discreto mas sempre presente, e não esconde a sua admiração pelo meu trabalho. Se por um lado esse seu estado de espírito me orgulha, pelo outro responsabiliza-me.
Por fim, depois de mais de 30 anos de carreira, o que é o que Herman se sente: humorista, apresentador, cantor, homem dos setes ofícios?
Há uma expressão que define bem o que sinto: sou um artista de variedades.
Significa isso que se aproxima hoje das personagens que criou há já alguns anos?
Aproximo-me perigosamente de personagens como Tony Silva e Serafim Saudade. Temo que sejam mais autobiográficas do que estou disposto a admitir... (risos)
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